31 de outubro de 2011

494 anos depois que Lutero pregou suas 95 teses - por Jonatas Kaizer

Cerca de 494 anos atrás, um homem resolveu publicar um comunicado. Era costume pregar tais comunicados ou avisos em lugares públicos. Seu nome era Martinho Lutero, e seu comunicado foi pregado na catedral de Wintenberg, esse aviso destinava-se a sociedade e clero.

Após a leitura de Romanos 1:17 “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé”, Lutero reconheceu que a salvação é adquirida através da fé e não por obras, como os princípios religiosos da época afirmavam. Sendo assim ele compilou várias ideias próprias e também de outros “pré-reformadores” como Jerônimo de Savonarola, John Huss e John Wycliff. Essa compilação recebeu o nome de 95 teses de Wintenberg.

Muito se questionava sobre as doutrinas religiosas da época, sendo a compra e venda de indulgências o ponto principal. Segundo a igreja, uma pessoa poderia salvar a alma de um parente, desde que pagasse um determinado valor monetário. Essa prática é explicitamente contrária ao texto de Romanos 1:17, onde as obras são irrelevantes. Lutero, inconformado com as práticas e ensinos de sua época iniciou uma Reforma doutrinária.

A primeira atitude desse revolucionário foi à publicação das 95 teses de Wintenberg. As principais doutrinas defendidas eram: Justificação pela fé. Baseado nos ensinos de Paulo, ele ensinava que o homem não é justificado pelas suas obras, mas pela fé em Jesus Cristo. A infalibilidade da Bíblia. Ele considerava a Bíblia infalível e acima de toda e qualquer tradição religiosa. Enquanto a Igreja Católica Romana defendia a ideia de que o papa era infalível e a Bíblia era sujeita à sua interpretação, Lutero afirmava que A Bíblia estava acima do papa, pois ela é a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo. Sacerdócio de todos os crentes. Lutero negava o conceito que afirmava ter o papa poderes sobrenaturais como intermediário entre o povo e Deus. Ele defendia a ideia de que todo crente é um sacerdote e tem livre acesso à presença de Deus. Não precisamos de um intermediário, o único intermediário entre o homem e Deus é o Senhor Jesus Cristo.

Inicialmente o termo Reforma foi utilizado de forma pejorativa. Os líderes religiosos chamavam de reformadores aqueles que se opunham ao sistema religioso da época. Entretanto esse termo se tornou um adjetivo para todos aqueles que decidiram viver plenamente de acordo com a Bíblia Sagrada.

Martinho Lutero reformou não só o sistema religioso de sua época, mas suas ideias atingem nossas vidas até hoje. Ele nos ensinou que a Palavra de Deus é única e soberana, não necessitando de intermediários, pois Jesus Cristo nos disse “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” [João 14:6].

A Bíblia nos ensina a viver em constante reforma e renovação, “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” [Romanos 12:2].

por Jonatas Kaizer

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