17 de outubro de 2011

Ilusionismo - por Carol Leonel

Quando você entra em uma loja e se depara com algum funcionário pedindo para que você responda se está satisfeito com os serviços prestados, qual critério você utiliza? Talvez o aspecto físico da loja, o tratamento recebido pelos funcionários, o atendimento rápido no caixa ou até mesmo a rapidez de encontrar o que procura.

Satisfação significa contentamento, prazer que resulta da realização do que se deseja. É a superação daquilo que se esperava. Deixando de lado as lojas de conveniência pensemos no que de fato é estar satisfeito quando se vive para Cristo. Seja no ministério ou no trabalho muitos de nós já nos sentimos desmotivados e insatisfeitos. Acredito que isso ocorra justamente porque perdemos o foco.

Quando depositamos uma expectativa excessiva em determinado alvo corremos um grande risco de nos decepcionarmos e por isso ficarmos insatisfeitos. Se o objetivo de nossas vidas for alcançar satisfação no que fazemos é melhor repensarmos nossos alvos. 

Salomão foi o homem mais sábio que já viveu na terra.  Por ser temente ao Senhor e um homem justo ele recebeu honras de Deus e dos homens. Experimentou das melhores iguarias dos Reinos, comeu os melhores manjares, bebeu as melhores bebidas, teve como companheira as mulheres mais belas e mais atraentes do Império de Israel. No Capítulo 2 do livro de Eclesiastes Salomão relata os projetos grandiosos que ele fez para si. Porém, ao final de sua vida a conclusão que ele alcança foi que tudo se torna vaidade. “Pensei comigo mesmo: Vamos. Vou experimentar a alegria. Descubra as coisas boas da vida! Mas isso também se revelou inútil.” (Ec 2:1) 

A decepção de Salomão está relacionada à satisfação. Ele afirma: “Não me neguei nada que os meus olhos desejaram” (Ec 2:10). O desapontamento foi tão grande que ele perdeu o prazer e não enxergava mais a beleza pela vida. “O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol.”  (Ec 1:9) Para Salomão o mundo era algo totalmente descoberto.  Viver para Salomão se tornou algo circular, rotineiro e tedioso.

É possível suspeitar que o motivo de desgosto foi  tornar  todos os prazeres irrecusáveis. A busca pela satisfação nos leva a decepção. A busca por Deus nos leva a satisfação. A palavra do senhor nos ensina a viver uma vida regrada. Não uma vida metódica, cheia de regras e paradigmas, mas um viver em Cristo sendo paciente, diligente, aprendendo a esperar. Mantendo-se firme na fé, sendo forte e corajoso, além de fazer tudo com amor. (1 Co16:13-14)

Os mais variados manjares que o mundo nos apresenta junto a promessas de contentamento são na realidade parte do jogo de ilusões de satanás. Momentos de aparente prazer seguidos de dor e tristeza pelos sonhos desfeitos.

Cristo nos apresenta um mundo de realidade. Um mundo em que não precisamos mentir para nós mesmos e nem para Ele sobre nossos anseios. A mensagem de Cristo nos diz que se formos oferecer a nossa carne tudo que ela deseja seremos escravos dela porque nosso desejo não tem limite. O limite a ele é imposto pelo pecado e se chama morte eterna. 

Porém, existe algo que é verdadeiramente eterno: Cristo deseja nos tirar de uma vida medíocre que se resume a nossos próprios questionamentos para nos oferecer uma vida norteada pela realização da vontade Dele. “Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre” (1 Co 9:25). 

O desejo de Cristo é preencher todos os cantos descontentes e vazios do nosso coração.  Nas palavras Dele: "Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais." (Jr 29:11)

Por Carol Leonel

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