29 de abril de 2011

Ciência Infundada - por Jonatas Kaizer e Carol Leonel


Os vultosos avanços científicos que marcaram os últimos séculos foram responsáveis por tornar o homem dependente de seus métodos e análises. Influenciados por teorias que ditam nosso estilo de vida e nossas condutas, deixamos de lado a crença em Deus.

As ciências se reproduzem aumentando a complexidade em assuntos cada vez mais específicos. As análises ficam meticulosas e, no entanto, existe apenas uma ínfima tentativa de fundamentar a realidade. Destarte, a pergunta que surge é sobre que base à ciência se funda e será que realmente a crença em Deus e na Bíblia Sagrada são falácias? Analisemos o assunto.

A ciência proposta pelo homem possui um método, ou seja, um modo de pesquisa e estudos específicos. É importante frisar que todo o conhecimento humano é baseado em estudos sobre a observação de hipóteses do funcionamento da realidade. Na maior parte dos campos de estudo a ciência reproduz um método matemático de onde se cria uma teoria que, em regra, visa ser aplicada em um maior número de casos possíveis.

Desse modo, observemos a falta de fundamento da ciência em detrimento do cristianismo. “Carlos II, um dos homens mais perspicazes que já governaram a Inglaterra, tinha grande interesse pela ciência. Certa vez ele convocou os membros da recém-criada Real Sociedade e lhes pediu para explicar por que um peixe morto pensava mais que um vivo. Os cientistas reunidos apresentaram várias teorias engenhosas e plausíveis. Então Carlos II informou que o peixe morto não pensava mais. Os cientistas não acharam graça, mas o rei se divertiu. Em The Death of economics (editora Faber, 230 páginas), o destacado economista Paul Ormerod argumenta que a economia se parece muito com o problema do peixe morto: consiste em elaborar uma estrutura teórica com base num pressuposto totalmente falso”.

Parafraseando Alasdair acredito que a ciência também se assemelha ao problema do peixe morto: sua estrutura teórica é elaborada com base em um pressuposto totalmente falso. Vamos tomar por base o grande filósofo Karl Poper, que desenvolveu a teoria do falsificacionismo. Sua teoria é baseada na validade das teorias científicas que são propostas, sendo que toda e qualquer teoria pode ser “falsificada”. Segundo a proposição poperiana, uma teoria é aceita e validada pela comunidade científica até que se manifeste outra teoria “melhor”, falsificando assim a primeira.

Muitos cientistas afirmam que a Bíblia Sagrada é um livro obsoleto, incoerente, contraditório e meramente histórico, isso se deve ao fato de ela não possuir provas científicas. De fato para que algo detenha credibilidade são necessárias provas, mas temos de atribuir a metodologia correta para tal comprovação. Para eventos científicos são necessários testes repetitivos à mesma condição de tempo e espaço, ou seja, analisar uma sequência de eventos que podem ser repetidos inúmeras vezes e compilar um relatório sobre os experimentos. Diferentemente dos eventos científicos, os manuscritos sagrados tem de ser examinados de acordo com outros escritos históricos como, por exemplo, as obras de Platão, Heródoto, Sócrates, Aristóteles e outros.



As obras de Heródoto são muito antigas e possuem poucos exemplares para análise e comparação. Os escritos de Aristóteles foram redigidos por volta do ano 343 a.C, porém a cópia mais antiga que se conhece é datada do ano 1.100 d.C, ou seja, um hiato de 1.400 anos. Existindo apenas cinco exemplares, sua análise pode ser facilmente comprometida.

O lapso de tempo entre os fatos bíblicos e seu registro é muito curto, evitando assim o comprometimento de informações. O último evangelho a ser escrito foi Lucas, no ano 70 d.C. Lucas foi médico, historiador e geógrafo, em detrimento de suas habilidades ele descreveu com maestria as regiões percorridas por Jesus. Um grande cientista chamado Sir William Ramsey, se propôs a “desmascarar” a Bíblia Sagrada a partir do livro de Lucas, alegando incoerência, incompatibilidade de dados e fatos contraditórios. No decurso de seus trabalhos de campo, ele comprovou a exatidão de Lucas ao descrever o relevo, vegetação e cultura e personagens contemporâneos. Ao final de suas expedições Sir William tornou-se cristão, alegando que era impossível duvidar dos escritos bíblicos.

Atualmente são conhecidos 20.000 manuscritos do Novo Testamento. Comparando-se qualquer texto da Bíblia com esses manuscritos há de perceber que a fidelidade é incrível. O texto original e suas cópias são idênticos, em detrimento do curto período em que os fatos ocorreram e foram registrados. No final do livro de Apocalipse, o profeta João alerta para possíveis alterações “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro.” (Apocalipse 22.18-19)

Os manuscritos do mar morto encontrados em 1947 por beduínos árabes em Israel, especificamente na região noroeste do mar morto, contêm fragmentos de todos os livros das escrituras hebraicas, com exceção do livro de Ester. Os pergaminhos foram escritos entre o séc. III a.C e séc. I d.C. São os relatos mais antigos encontrados até hoje e comprovam a veracidade e unidade do texto bíblico que permanece inalterado.

É preciso afirmar que confiar em Jesus Cristo não significa ter uma fé irracional ou uma crença cega em dogmas inventados pelo homem. Acredito no cristianismo porque ele é o modo de vida que mais foi contestado ao longo da história e ainda sim o seu livro, a Bíblia Sagrada, permanece vivo, absolutamente crível e aplicável. Nenhuma ideologia é suficientemente completa como a mensagem de amor de Deus por nós.

Diferente de toda produção filosófica, a Bíblia não é especulação, mas é a revelação de Deus. Cerca de 1500 vezes a própria Bíblia afirma ser a palavra de Deus. Quando partimos do pressuposto de que Deus existe e é infinito, sendo que nós seres humanos somos finitos, cogitamos que somente é possível ao homem conhecer a Deus pela própria revelação de Deus à humanidade.

Segundo a Bíblia, Deus se revela através da natureza: “ Os céus proclamam a glória de Deus, o firmamento anuncia as obras de suas mãos.” (Salmos 19:1) É impossível contemplar a natureza e afirmar ser ela obra do acaso. A natureza é a própria manifestação de amor do arquiteto do universo.


"Eu acredito no Cristianismo como acredito no brilho do sol, não simplesmente porque eu o veja, mas porque, através dele, posso ver todas as outras coisas." C.S. Lewis.


Jonatas Kaizer e Carol Leonel

Nenhum comentário:

Postar um comentário