4 de maio de 2011

A autenticidade da Bíblia - parte 1

Projeto de Estudo bíblico e oração

“Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” 2 Tm 3.16-17

Esta é uma das declarações mais explicitas e mais conhecidas das Escrituras sobre a própria origem. A palavra inspiração, com o prefixo “in”, dá a impressão de que, depois que os diversos livros da bíblia ficaram escritos, Deus soprou neles, de modo que ficaram “inspirados”. Mas a palavra grega significa que Deus “soprou”,e o resultado foram as Escrituras. Noutras palavras, a Bíblia, metaforicamente falando, é o sopro de Deus. No AT, a “boca de Deus” era considerada como fonte da qual vinha a mensagem divina. “Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus, e os corpos celestes, pelo sopro da sua boca” (Sl 33.6). A expressão “sopro de sua boca” é o equivalente hebraico de “Deus soprou”. Deus, o criador, utilizou homens para escrever as Escrituras, mas elas foram enunciadas por Deus. A mesma boca que falou e os mundos foram criados é a boca que falou e produziu as Escrituras.

A inspiração não significa que simplesmente que Deus aprovou a bíblia, mas que os homens na realidade escreveram as palavras Dele. As idéias de Deus tornaram-se as idéias deles, e eles registraram exatamente o que Ele queria que soubéssemos.


As afirmações do Antigo Testamento:

O AT repetidamente declara ser a Palavra de Deus, e essas palavras são, portanto, tão eternas quanto o próprio Deus: “A tua palavra, Senhor, para sempre está firmada nos céus.” Sl 119.89 E novamente: “A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre” Isaías 40.8

Se você convocar os autores do AT para o banco das testemunhas, eles vão afirmar a uma só voz: “Estamos falando as palavras que nos foram dadas por Deus” O que isso implica é impressionante.


As afirmações do Novo Testamento:

Os escritores do NT têm a mesma autoridade. Eles citaram o AT como Palavra de Deus e colocaram as próprias cartas no mesmo nível. Deus falou diretamente do céu pelo menos três vezes durante o ministério de Cristo na terra: No batismo de Jesus, na transfiguração, e até quando Cristo gemeu de agonia quando se aproximava a crucificação. Os autores declararam que estavam registrando e escrevendo a Palavra de Deus por causa de sua própria experiência. Paulo que escreveu pelo menos 13 livros do NT declarou ter recebido revelações de Deus e escreveu o que lhe foi mandado dizer:

  • “Se alguém pensa que é profeta ou espiritual, reconheça que o que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor. Se ignorar isso, ele mesmo será ignorado” 1 Co 14:37-38
  • “Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que crêem.” 1 Ts 2.13
  • Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem. 1 Ts 4.15
Pedro fez ligação direta entre a palavra que estava pregando e as palavras imutáveis do Antigo Testamento:
“Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. Pois, "toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória, como a flor da relva; a relva murcha e cai a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece para sempre” 1 Pe 1.23-25; cf. Is 40.6-8

João declarou que as visões que compõem o livro de Apocalipse são as palavras do Senhor e advertiu que se alguém acrescentar algo àquelas palavras “Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro.” Ap 22.18-19. Para Paulo, Pedro e João fazer essas declarações sobre o que escreveram seria pura loucura a não ser que, claramente, sejam de fato palavras enunciadas por Deus.

E se, folhearmos sistematicamente a Bíblia, anotando todos os exemplos em que ela se declara de origem divina? Direta ou indiretamente encontraríamos cerca de 1500 declarações que reivindicam essa origem. Os 66 livros afirmam com voz consistente que são palavras de Deus.

Dizer que os autores foram enganados ou mentiram simplesmente não convence. Nesse caso, a bíblia seria certamente o livro mais fraudulento que alguém já escreveu! Seria uma questão de ironia incompreensível que o próprio livro que inspirou o mais elevado padrão de moralidade, deu ao mundo a cosmo visão mais coerente e nos deu um Cristo que é admirado até pelos céticos, se fundamentasse sobre mentiras multiplicadas. Isso não é crível. Com efeito, Deus assinou cada página da bíblia. Temos todos os motivos para crer que a sua assinatura não foi forjada. Deus falou e nos assegurou disso.

por Carol Santana

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