19 de agosto de 2011

Engaiolado - por Carol Leonel

Quem nunca esteve preso na gaiola dos elogios? O Elogio é uma das principais estratégias do inimigo para tirar um persistente do foco. A Bajulação é o meio mais fácil, ainda que demorado para a queda do homem que envereda por tal caminho.

Para os cristãos ingênuos os elogios podem parecer estimulantes. Afinal, eles nos tornam mais “confiantes” e “seguros”. Essa falsa segurança trazida pelos elogios têm,  na verdade, a oportunidade ideal para se tornar orgulho e arrogância. Por esse motivo, as consagrações humanas devem ser para o cristão uma prisão altamente combatida.

O elogio é o ópio da carne. Todos dizem: “Vejam! Como ele é bom nisso”! “Olhem como Deus usa a sua vida”. Através de pequenas gostas de doces palavras acabamos encarcerados. Tornamo-nos dependentes da concordância das pessoas. É então que paramos de olhar para o causador de boas obras em nós e passamos a contemplar a criatura que por ser tão limitada e carnal acredita ser capaz de produzir bons frutos. Que grande erro cometemos! Quando fazemos algo que não recebe aplauso aparenta não ser admirável para o Senhor. Assim, confundimos a aprovação de Deus com os elogios dos homens.

Entenda isso: uma atitude admirável pode ter aparência de bondade, mas pode não ser. Será que realmente merecemos elogios? A Bíblia diz que “Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer" (Rm 3:12). Logo, somos indignos de qualquer mérito.

E quando nos tornamos dependentes dessa aprovação? Acredito que a saída seja entregar ao verdadeiro dono toda boa dádiva (Tg 1:17). Não busque elogios. Busque a aprovação de Deus ainda que ela signifique a insatisfação dos homens. Assim, você não cairá nas armadilhas dos bajuladores nem será iludido pela falsa ternura de suas palavras que visam nada além de desviar o seu olhar de Jesus.

A humildade sincera requer esforço. É como sair de um banho quente em pleno inverno. Ainda que seja mais confortável ficar debaixo da água quente é necessário encarar o desconforto momentâneo da friagem. A princípio a humildade pode parecer reprovação de Deus, mas certamente ela se tornará o confortável aquecedor da honra!

“A humildade precede a honra”.  (Pv 15.33)

Por Carolina Leonel

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