8 de fevereiro de 2012

De voláteis a Inabaláveis - por Carol Leonel


Estamos fatigados de pessoas impacientes, maldosas, amargas. E parece que quanto mais as rejeitamos, mais enxergamos tais adjetivos em nós e no próximo. É obvio que tanto eu quanto você conhecemos bem todos esses males causados por uma sociedade globalizada que nos impulsiona para um estilo de vida cada vez mais acelerado, com excesso de entretenimento, muita tecnologia e  alto grau de estresse devido ao acúmulo de informação.

Nada do que foi exposto acima é novo!  Conhecemos o problema. Sabemos o quanto esses sintomas nos incomodam e também conhecemos a causa. Murmuramos dizendo estar cada vez mais difícil conseguir um “Bom Dia” no elevador. Porém, raramente paramos para nos analisar. Temos facilidade para ficar ressentido em virtude de uma ofensa, contudo, temos grande dificuldade em reconhecer que insultamos alguém. O resultado de todo esse estresse é o fato de nos tornarmos pessoas cada vez mais impacientes e ao mesmo tempo melindrosos. Carecemos de resiliência!

 A resiliência nada mais é do que a resistência ao choque.  Na física o termo é usado para denominar a capacidade do objeto de acumular energia sem que o material se rompa. O melhor exemplo da resiliência é a vara utilizada pelos atletas de salto. Nesse esporte o atleta imprime uma força sobre a vara que causa uma deformação através da sua envergadura, porém ela não chega a se quebrar. A energia é devolvida lançando o atleta para o alto.
Através das palavras de Paulo sobre a postura do Apóstolo, a resiliência é assimilada na Bíblia: “Quando somos amaldiçoados, abençoamos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, respondemos amavelmente. Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo” (1 Coríntios 4:12-13).

O apóstolo era aquele que recebia todo tipo de ofensa, mas que a transformava em Graça. A noção de renúncia e morte da carne toma o lugar do orgulho e da rudeza respondendo o ofensor com amor e longanimidade. A traição, o prejuízo e a insulto não podem se transformar em amargura. Caso o choque nos torne suscetível demonstramos apenas que não entendemos a Deus de forma genuína e ainda não recebemos dele a eternidade como prêmio.

De que adiante viver uma vida de ressentimentos? A postura que Paulo expõe é uma conduta consciente, inteligente e cristã. Consciente porque evita desgastes que não nos aproximam do Cristo. Inteligente porque ganhamos qualidade de vida terrena. E cristã porque é absolutamente coerente aos ensinamentos de Cristo.

Estamos cansados de olhares ressentidos, rostos amargurados, pessoas mal humoradas e grosseiras. A pergunta que se faz é: Quem serão os resilientes de nossa geração que receberão todo o prejuízo com se fosse o que de fato é - lucro. Porque o melhor já nos foi dado por Cristo e o chamamos de: SALVAÇÃO.


Por Carol Leonel


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