18 de setembro de 2012

Somos pessoas voltados para pessoas

Ao longo dos anos tenho escutado que os cristãos estão em busca de sua identidade. Mesmo respeitando a individualidade e personalidade de cada um, creio que a nossa identidade está descrita em João 13:35: "Todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".

Cada um de nós mantém sua individualidade como marca de criação de Deus, pois cada pessoa é única, mas existe uma peculiaridade no povo de Deus que é o nosso RG: o amor. Nosso comportamento e estilo de vida devem estar alinhados com o que somos em Cristo, ou de acordo com o que Cristo é em nós.

Portanto, nossa identidade revela que somos de Deus, chamados por Deus para conhecê-lo, glorificá-Lo, mostrar quem Ele é para um mundo perdido e para amarmos uns aos outros. Não podemos ser cristãos apenas quando nos encontramos nos templos (cantando as músicas, contribuindo com alguma coisa qui e ali e esperando para ser ministrado), mas ser Igreja fora dos portões da igreja. Precisamos deixar de amar prédios, bancos, cadeiras, instrumentos e programações, mesmo sendo tudo isso necessário. Precisamos amar as pessoas. Essa deve ser a direção, caminho e endereço do nosso amor: pessoas de perto ou longe, conhecidas ou não, ricas ou pobres.

As pessoas que se voltam para outras pessoas são aquelas que estão dispostas a abrir mão do conforto, deixar de lado conceitos, abolir preconceitos, doar-se mais do que doar; investir tempo e recursos. Mesmo que, no conceito de outros, essas atitudes pareçam um desperdício de tempo, não resultem em lucros financeiros e crescimento da nossa igreja local.

Jesus, nosso principal e talvez único exemplo, investiu tudo: tempo, vida, reino, deixou de ganhar dinheiro, lavou os pés da galera que andava com Ele, repartiu os pães e peixes que ganhou e abriu mão da sua Glória para que o ser humano conhecesse o amor verdadeiro. Ninguém amou como Ele amou! Ele nos desafia a sermos uma geração de pessoas voltadas para pessoas, conhecidos pelo nosso amor. Vamos nessa?

Pr. Silvio Medeiros

* texto publicado na FanZine Underground - setembro de 2012

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